Arranca hoje a Semana Mundial do Aleitamento Materno. Uma semana, que todos os anos desde 1992,  celebra a amamentação, protegendo, promovendo e apoiando o aleitamento materno. Respeitando este tema da amamentação, que tão intimamente está ligada à alimentação complementar, hoje lanço um post, escrito em conjunto com o testemunho de várias seguidoras do blog, sobre como prolongar a amamentação exclusiva até aos 6 meses de vida do bebé, quando a mãe tem de regressar ao trabalho.

São várias as entidades que recomendam a amamentação exclusiva até aos 6 meses de vida do bebé. Para além da Organização Mundial de Saúde, também a European Society for Paediatric Gastroenterology Hepatology and Nutrition (ESPGHAN) na sua publicação de Janeiro de 2017 sobre alimentação complementar, recomenda que os bebés alimentados a leite materno, mantenham essa exclusividade até aos 6 meses, começando a alimentação complementar (AC) após esta marca.

Mas a questão coloca-se: como uma mãe com licença de maternidade entre os 120-150 dias (4-5 meses), consegue manter o aleitamento materno em exclusivo até aos 6 meses?

Muitas mães sentem-se forçadas a iniciar a AC precocemente, pelo facto de regressarem ao trabalho e o bebé necessitar de comer na sua ausência. Começou a ser prática comum recomendar a introdução da AC, não dando oportunidade às famílias de encontrarem uma solução, que promova a amamentação em exclusivo, pelo maior período de tempo possível, até aos 6 meses.

Tive a sorte tremenda de poder ficar em casa com os meus filhos, para além dos 6 meses e manter a amamentação exclusiva. Por isso, recorri às maravilhosas seguidoras deste blog, que partilhassem comigo dicas de como manter o aleitamento materno em exclusivo e só iniciar a alimentação complementar aos 6 meses de vida do bebé.

Licença parental partilhada e licença parental alargada

Muitas seguidoras optaram pela licença parental partilhada, onde “os períodos de 120 ou 150 dias, consoante a opção, são acrescidos de 30 dias consecutivos, no caso de cada um dos pais gozar, em exclusivo, um período de 30 dias consecutivos ou dois períodos de 15 dias consecutivos, após as seis semanas que a mãe tem de gozar obrigatoriamente.” (retirado do Guia Prático de Subsídio Parental da Segurança Social). Ou seja, após os 120 ou 150 dias gozados pela mãe, são acrescidos mais 30 dias gozados pelo pai. Assim, os bebés podem ficar em casa com os pais até aos 6 meses, dando a possibilidade de continuar o aleitamento materno em exclusivo.

Neste cenário as seguidoras do blog partilharam 2 hipóteses. Ou retiravam leite em casa e no trabalho, que guardavam para deixar, para o pai oferecer no dia seguinte; ou os pais levavam os bebés até ao trabalho da mãe, onde ela amamentava durante um intervalo.

De relembrar que as mães têm direito à dispensa de 2h diárias do seu trabalho, enquanto estiver a amamentar o seu bebé, ou até este ter 12 meses de vida (no caso de ser alimentado com leite de fórmula), a serem acordados com a entidade empregadora.

Também, começa a ser comum as mães optarem pela licença parental alargada, para assistência ao seu bebé. A licença parental de 120 ou 150 dias, pode ser alargada por mais 90 dias, pagos a 25% do salário bruto. Este é um cenário convidativo a muitas famílias, já que podem atrasar a entrada do bebé no infantário, não havendo gastos com a mensalidade deste nesses 3 meses.

Este cenário permite que a alimentação complementar seja introduzida calmamente e sem pressão após os 6 meses, dando tempo ao bebé e à família para se adaptarem às novas rotinas de alimentação do bebé.

Algumas seguidoras relataram em como conciliaram a licença parental partilhada, com férias em atraso dos seus trabalhos, para assim conseguir alargar o tempo com o seu bebé em casa, prolongando a amamentação exclusiva.

Armazenamento de leite materno

Para as mães que começam a trabalhar, ou que têm de se ausentar por longos períodos de tempo, é importante reunir boas condições de armazenamento de leite. O leite materno pode ser guardado até 12 meses (num congelador de temperatura -18ºC) o que permite fazer stock de leite para o seu bebé, ainda durante o período de licença, para a altura em que a mãe se ausentar para trabalhar.

A bomba

É importante ter uma boa bomba extratora de leite. Se a extração tiver uma base diária regular, o ideal será uma bomba elétrica, pela rapidez e conforto de extração. Esta indicação não é ideal para todas as mulheres, algumas sentem-se mais confortáveis com bombas manuais. É possível alugar bombas em farmácias e hospitais, de modo a testar o conforto da extração.

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Recentemente descobri que a Philips Avent dispõe de uma linha de apoio, para substituição de bombas de extracção, em caso de avaria. A bomba avariada é levantada e substituída no espaço de 24h!!

Formas de armazenamento

O leite materno pode ser armazenado de 2 formas: em sacos ou recipientes.

Os sacos ocupam menos espaço no congelador, mas não podem ser reutilizados. Também exigem que se passe o leite do saco para um biberão, para ser oferecido ao bebé.

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Os recipientes têm a vantagem de serem reutilizáveis e de serem adaptados às tetinas, transformando-se em biberões. Contudo, podem ocupar algum espaço no congelador.

A Philips Avent tem recipientes de plástico livres de BPA, que podem ser utilizados para armazenar leite materno durante a amamentação e depois como boiões de comida na introdução da alimentação complementar. Possuem um adaptador para as tetinas, podendo o próprio recipiente servir de biberão.

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É importante que se utilize recipientes da mesma marca que a bomba, pois estes estarão adaptados a encaixar diretamente na bomba, evitando passagens sistemáticas do leite por diferentes recipientes.

Segue uma tabela para ajudar na gestão do armazenamento e descongelamento de leite materno*

*créditos:https://www.ameda.com/milk-101-article/how-to-store-breast-milk-safely/

Rede de apoio para a mãe e bebé

É importante para a mulher e bebé ter uma rede de apoio competente. Não só da parte da família, que devem apoiar a auxiliar a mãe e o bebé no sentido da amamentação exclusiva, como também o auxílio de uma Conselheira de Aleitamento Materno (CAM) caso seja necessário.

Muitas mulheres sentem dificuldade na extração de leite com bombas, ou mesmo que o bebé aceite o seu leite por biberão. As CAMs são pessoas formadas e especializadas em promover o aleitamento materno. São conhecedoras de formas e estratégias para que o aleitamento materno se mantenha nas mais variadas condições. Se o seu desejo é manter a amamentação exclusiva e prolongada após os 6 meses, procure uma CAM perto de si para a ajudar. Procure no centro de saúde ou hospital da sua residência, ou através do http://www.camsdeportugal.pt/index.php

 

 

*post feito em parceria com Philips Avent