A nossa primeira experiência crudívora

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Eu: hoje vou fazer um jantar um bocadinho diferente. Vai ser um jantar cru, que não é cozinhado.
L.: isso não me parece nada boa ideia, mãe. 

O futuro deste jantar parecia condenado à saída da escola das miúdas. Mas não havendo alternativa, segui em frente. 

Fui preparando as diferentes partes e dando a provar às miúdas. O creme de caju foi um sucesso, o pesto de tomate seco moderadamente apreciado e a curgete crua uma verdadeira surpresa.

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A L. comeu tanta curgete crua antes de jantar, que temi não ter suficiente para fazer as lasanhas. 

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A T. lambeu o máximo de creme de caju que conseguiu e ainda roeu alguma curgete. Mas no final pedia-me “poupa” (aka sopa). É uma miúda mais tradicional, no que toca à comida.

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Apesar do mau presságio, a L. foi a maior surpresa. Comeu com imensa satisfação e disse que o meu jantar cru estava delicioso.

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Um verdadeiro sucesso!

O que posso dizer é que é uma experiência muito diferente daquilo que o nosso paladar está habituado. Leva tempo até nos abstrairmos que tudo o que está ali está cru e apreciarmos os sabores naturais que tem. Apesar de ter estranhado na primeira grafada, a verdade é que se entranhou em menos de nada. 

Obrigada Joana por esta magnífica experiência e pela revelação da minha mini-crudívora cá de casa.