Este foi um episódio de podcast particularmente difícil de publicar. Aquilo que o trata, foi precisamente o seu maior entrave. Não é sobre maternidade (apesar de afectar muitas mães), muito menos sobre alimentação. É sobre o Síndrome de Impostor, com qual muitas pessoas têm que conviver, incluindo eu. 

Não é um episódio que procura empatia, ou apoio emocional. Fi-lo e jeito de catarse, pois muitas das pessoas que ouvi falar sobre o assunto relataram como os seus sentimentos melhoraram depois de os admitirem publicamente. É o que estou a tentar fazer. Contudo, essas mesmas pessoas relataram em como os sentimentos de fraudo assolaram-nas, quando se propuseram em falar do assunto. Tal e qual me estou a sentir e que me está a travar de carregar no “publicar”.

Como se sente com o Síndrome de Impostor?

É uma bola de neve, grande, muito grande. Por um lado, sentimos que o que alcançamos não nos pertence, não temos mérito e é um puro golpe de sorte. Andamos nesta busca eterna de trabalho exaustivo, para conseguir saborear um pouco de vitória, um bocadinho do sucesso. Mas mais uma vez, sentimo-nos autênticos impostores.

É um percurso duro, que muitas das vezes nos atrapalha, na auto-sabotagem do nosso próprio trabalho. Mas nem tudo é mau. Somos muito trabalhadores e extensos estudiosos. O nossa insatisfação no saber, obriga-nos a ser plenos e conscientes no que fazemos. Em avançar firme, com certezas e com um bom trabalho em mãos. 

Hoje tinha de falar sobre isto. Já devia ter falado há mais tempo, mas, e como explico no episódio de podcast, o Síndrome de Impostor muitas vezes não nos deixa andar mais ou mais rápido.

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