Depois das 10 primeiras verdades, deixo-vos mais 10 verdades!

11. Quartos de hotel começam a ser um problema.

Quatro pessoas num quarto de hotel é perfeito. Cinco pessoas significa encontrar um quarto com um sofá-cama, pagar um divan ou trazer seu próprio saco-cama e tapete e deixar seus filhos decidirem sobre quem tem que dormir no chão.

Sem dúvida que dormir fora de casa a 5 é um problema! Desde que somos 5 resolvemos isso com alojamento temporário em pequenos apartamentos. A gestão de dormidas, camas e quartos, fica bem mais simplificada.

12. Alguém se sentirá sempre de fora.

Com um número ímpar de crianças, qualquer jogo feito para dois será automaticamente exclusivo. Os três filhos que desejam sentar ao lado da mãe num restaurante é uma situação de crise internacional. Alguma tentativa de dividir uma bolacha em três? Nope.

E para ler a história à noite em que todos querem ficar ao lado da mãe? Arrfff… ter só dois lados é que é o problema!

13. Raramente gostam dos mesmos filmes ou programas de televisão como uma família.

A menos que você tenha três filhos seguidos, as diferenças de idade e maturidade tornarão a escolha de um filme familiar um pesadelo. O mais novo quer compulsivamente o “Bairro de Daniel Tiger”, o mais velho quer assistir “The Hunger Games”, e o do meio está preso no meio. Não se pode dar ao luxo de contratar um mediador profissional para lidar com a noite de filmes familiares, então acaba de assistir “Megamind” 10 vezes, porque é o único filme em que todos podem concordar.

Para já ainda não temos este problema. O mais novo ainda não faz escolha neste campo e as outras duas têm os gostos bem sintonizados! (ufff)

14. Noite de jogo em família = o mesmo problema que #13.

A noite de jogo em família soa bem na teoria. Mas depois do quinto ano dos torneios semanais de “Candy Land” para acomodar os seus filhos mais novos, você se encontra lutando contra o desejo de empurrar o rosto do Rei Kandy diretamente para a Lagoa de Licorice e mantê-lo lá até parar de chutar.

Para já estamos reduzidos ao Monopólio Júnior ou aos jogo do Três Porquinhos. 

15. Quando um filho não está, parece férias.

Assim como a adição de um terceiro filho quadruplica o trabalho, tirar um por um dia corta o trabalho em três quartos. (Eu não entendo a matemática, eu apenas a vivo.) Envie um filho por uma noite em casa de uma amigo, e vai se perguntar como a dada altura já pensou que ter dois filhos era difícil.

“Praise the lord”. Quando um deles não está (mais elas, que ele, neste momento), aquela sensação de ser atropelada por um camião, passa a ser só de abalroada por uma bicicleta.

 

16. O primeiro filho tem um belíssimo album de bebé, e o seu terceiro filho tem fotos algures no computador. 

O livro de recortes do primeiro ano do primeiro bebé é uma maravilhosa obra de arte, criada com amor por si. Nosso segundo filho tem um álbum de fotos com cerca de um quarto das páginas preenchidas. Nosso terceiro filho tem sorte se ele já tiver uma foto impressa.

Nesta temática confesso que tenho dificuldade em criar albuns. Acho sempre que ninguém os vê. Ultimamente optei por fazer uma colectânea dos melhores momentos dos miúdos naquele ano, que exibimos na noite de Natal para toda a família. É a nossa tradição, nos últimos 3 anos. 

17. A hora de ir para a cama torna-se uma mistura de uma maratona, uma crise e uma piada.

Este é especialmente um problema com uma grande variedade de idade. Três crianças diferentes, três idades diferentes, três horas de dormir diferentes – e todos querem se aconchegar consigo. Em algum momento, você acaba colocando as crianças na cama por duas horas seguidas e se perguntando como isso se tornou sua vida.

Cá em casa eu diria que se assemelha mais uma linha de montagem! Desde por pasta nas escovas, ajudar a lavar os dentes, o creme na cara, deitar, aconchegar, dar um beijinho… a três. Fazemos sempre pela mesma ordem, para não perturbar muito a rotina, e para esta pobre mãe nunca se esquecer de nada, nem de nenhum.

18. Às vezes tem de pedir para todos pararem de falar.

Simplesmente parem. Parem de falar. Não há mais som de mais bocas. “Se alguém abrir a boca e diz uma palavra nos próximos 15 minutos, serão banidos de todos os produtos eletrónicos por uma semana.” True story.

Confere! Ponho o cronómetro do telemóvel e por 5 minutos tenho absoluto silêncio. Confesso. Mas há dias, há alturas, que tem que ser. Só não posso abusar muito…

19. Percebe verdadeiramente como cada filho é diferente.

Aprende-se isso com o segundo filho, mas o terceiro dá uma resposta definitiva para a questão da natureza e da educação. Não é que nutrir não é importante – é totalmente. Mas muito do  que são as crianças é quem são, não importa o que se faz enquanto pai.

A tendência para comparar é grande. Ao segundo percebemos que não se faz. Ao terceiro desistimos definitivamente de o fazer. Cá em casa a diversidade genética é grande e acho que dificilmente teria 3 filhos tão diferentes, por mais consistente que seja a nossa abordagem de educação.

20. Sabe, com a certeza, que a capacidade para amar cresce a cada filho.

Talvez esteja feliz com três, talvez não queira mais filhos, mas sabe que, se um quarto acontecesse, inesperadamente, iria 1) assustar-se porque OMG, quatro filhos e 2) amar esse bebé tão loucamente como ama seus outros três. Porque, como eles podem fazer com que se sinta, seus pequenotes mostraram que o amor de uma mãe realmente não tem limites.

Oh meu Deus, totalmente verdade. Sabem que foi o meu maior medo quando engravidei da segunda? Como poderia amar um outro bebé, tanto como o primeiro? Mas, sim pode-se e amar um terceiro, um quarto… (não estou a insinuar nada). O amor cresce e explode dentro de nós. É inexplicável e só passando por isso se compreende. <3

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