Este post vai para toda a gente que vai viajar de avião com os pequenos, não só para a Disneyland Paris. Algumas coisas que eu não sabia, outras que não são claras nas informações que procuramos e algumas das nossas opções e sugestões.

Disneyland Paris

Acho que foi a parte que mais receei de toda a viagem.

Tínhamos várias hipóteses, desde voos lowcost, voos não lowcost, para que aeroporto. A agência deixou ao nosso critério, podíamos nós marcar o voo e eles marcariam tudo a partir do transfer. Acabámos por marcar o voo directamente com a agência, já que não havia discrepância de preços em relação aos sites que recorremos de reserva de voos. 

Escolhemos voos TAP, para o aeroporto de Orly, com saída do Porto às 6h20 (que biolência) e o de regresso do mesmo aeroporto às 20h00, com chegada ao Porto às 21h10. Em relação ao voo de regresso, nada a apontar, é perfeito, deu para ficar na Disneyland até meio da tarde (16h), o que permite aproveitar imenso desse último dia. Quanto ao de ida, os meus sentimentos dividem-se. Por um lado, fomos cedo, chegámos ao aeroporto de Orly às 9h30, ao hotel às 11h, e depois de todas as burocracias com o hotel tratadas, ainda não eram 12h e já estávamos no parque. No entanto, as miúdas estavam “partidinhas”. Tinham acordado cedíssimo para apanharmos o avião e o primeiro dia não foi vivido com tanta intensidade devido ao cansaço. É algo que cada família terá de ver, de acordo com a sua dinâmica. 

Coisas importantes! 

 

Levar comida no avião, sim ou não?

Como viajamos com crianças pequenas, podemos levar comida na bagagem de mão (avé!). Eu levei uma caixinha com tostas, tangerina em gomos, pacotinhos de leite e pacotinhos de sumo. Apesar da viagem ser de apenas 2h, temi os imprevistos de ficarmos retidos no avião, ou no aeroporto, e mulher prevenida vale por 2 (e se for mãe vale por umas 5, no mínimo)!

Quando levamos comida e líquidos na bagagem de mão, informamos os seguranças do controlo, mostramos a lancheira, ou mochila, e caso ultrapasse os 100ml de líquidos, deve ficar colocada num tabuleiro individual para passar no raio-x (experiência tanto de cá, como de lá). Segundo me relataram algumas mamãs, em alguns casos os seguranças podem pedir para provar a comida. 

Portanto, na minha opinião, se quiserem levar e podendo levar, levem comida no avião. A criançada pode não gostar da refeição gourmet do avião e assim vão precavidos. No caso de viagens mais longas ou mesmo com escalas, uma mochila com alguns snacks pode ser um verdadeiro salva vidas!

 

As crianças ao colo não têm direito a refeição

Desta não sabia eu e ninguém me avisou, nem na agência, nem no check-in, nada! Como expliquei, a T. não pagou viagem, apenas as taxas de aeroporto. Foi ao nosso colo na maioria da viagem (a dada altura partilhou a cadeira com a L. para brincar) e por isso não tinha direito a refeição. Pondo as coisas numa perspectiva real, quem não teria direito a refeição seria um dos pais, nunca a bebé. A política da TAP é “se sobrar, teremos a gentileza de oferecer”. Que bonito… (só que não). Tivemos a sorte de nas duas viagens “sobrar” refeições para a T., mas na minha opinião não faz sentido (aproveitando este meu espaço para um desabafo). Não sei em média quantas crianças viajam ao colo nos voos da TAP, mas não acredito que sejam assim tantas. E depois, que diferença faz mais um mini-micro-tabuleirinho a mais? Bom, eu não sei, não trato dessas questões da TAP, nem sei que implicações tem colocar mais um tabuleiro, ou não. Mas simpatia não é dizerem que terão a gentileza de oferecer, simpatia seria que nem soubéssemos de nada e os pequenos tivessem uma refeição como todos os outros passageiros (de acordo com a idade, claro). Neste caso, a comida na mala de cabine seria fundamental, caso não tivesse “sobrado” comida para a T.

 

Levar carrinho até à porta do avião, sim ou não?

Podemos levar o carrinho de bebé até à entrada do avião (desta situação fui bem informada). Na grande maioria dos aeroportos, o carrinho é devolvido novamente à saída do avião, mas há aeroportos em que isso não acontece. Surpresa, surpresa, o de Orly é um deles. Políticas do aeroporto, nada a fazer. Neste caso deixámos o carrinho na porta do avião no Porto, como normalmente se faz e na chegada a Orly o carrinho foi-nos entregue na secção de volumes fora de formato. Não fica muito longe da zona de recolha de bagagem, mas de qualquer forma contem andar com a criançada pela mão, ou colo, mais casacos, e mochilas, e tudo, e tudo, e tudo, um bom pedaço. 

No regresso foi bem mais simples. Podemos deixar o carrinho à porta do avião, e foi-nos devolvido à porta do avião no Porto. O que é ótimo!

Mesmo indo para um destes aeroportos que não devolvem os carrinhos à saída do avião, com crianças pequenas compensa sempre levar o carrinho até o mais longe possível (neste caso à porta do avião). 

 

Entreter crianças no avião

Para ser sincera, não senti nenhum tempo demasiado morto para ter que as entreter. São só 2h de viagem (até pode ser um bocadinho menos). Entre a descolagem, a refeição servida, comer a refeição (que com elas leva sempre mais tempo), acho que estivemos uns 30 minutos desocupados, em cada viagem. Nesse tempo a L. e a T. brincaram as duas numa cadeira, tiraram selfies (às centenaaaas) folhearam as revistas (a T. aprendeu a dizer “relógio” na perfeição) e os folhetos informativos do avião (gente da TAP, refaçam o desenho da senhora de gatas a escapar do avião, a T. insiste que é um cão). 

 

Algumas dicas

Eu sofro imenso com as aterragens. É motivo para ficar com os ouvidos numa lástima! As miúdas parece não padecerem do mesmo mal e não acusaram qualquer desconforto. De qualquer modo, pode ajudar levarem qualquer coisa para os miúdos mastigarem, na descolagem e aterragem (a mim a ajuda). Um pedaço de pão, ou algo semelhante, pode ser suficiente. 

A nossa viagem não era muito longa, mas em viagens mais demoradas pensem em levar algumas actividades para os miúdos. Livros para lerem, para colorirem,  alguns brinquedos, não só para o avião, mas para o tempo de espera. Em voos intercontinentais têm a ajuda dos filmes a bordo, que é sempre um bónus! No nosso caso a ida não deu espaço para muita coisa, entre o check-in, o controlo de bagagem de mão (que no caso do aeroporto do Porto não há espaço específico para famílias com crianças), tomar o pequeno-almoço e embarcar, foi sempre a correr. No regresso tivemos algum tempo de espera entre o check-in e o embarque, que foi passado num parque infantil dentro do aeroporto (bastante comum em vários aeroportos).

Não se esqueçam! Como viajam com crianças têm prioridade de embarque, mesmo que não estejam presentes à hora de abertura de porta, nunca perdem prioridade.

 

As viagens de avião correram maravilhosamente bem! O meu medo era injustificado.  Para o próximo post falar-vos-ei do alojamento, tipos de hotel que existem, as vantagens de uns e outros e mostro-vos o nosso!

 

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