O meu miúdo ama comida e ama comer. Mas confesso que analisando à distância, ele poderia ser um bebé complicado para comer. Confuso? Paradoxal? Talvez…

Como sabem, estou a adotar uma abordagem de baby-led weaning com o baby-boy. Mas calma, que eu sou mãe e humana, e ainda tenho uma curiosidade danada. Portanto, sim, eu já tentei enfiar-lhe umas colheradas de comida na boca, pela minha mão. A experiência foi tão má, que não voltei a repetir a graça. E dizem-me vocês “ah, mas isso é porque ele se habituou a comer pela mão dele e agora já não quer da forma «tradicional»”. Podia ser, mas, aqui me confesso, que eu tentei ali mesmo nos primeirinhos dias. E uns dias depois. Até perceber que aquilo não era para nós. 

Primeiro, a barreira de 300 braços entre mim e ele, em que ele tentava apanhar a minha colher. Passada essa barreira, uma boca fechada, completamente cerrada, em que não entrava nada. Se tivesse a sorte de o conseguir convencer a abrir a boca, tudo o que conseguiria enfiar, era cuspido no mesmo instante, com direito a careta e a choradeira de seguida. O cenário típico de um bebé complicado para comer. No entanto, a mesma comida, que tentei eu enfiar pela minha mão na sua boca, ele come com o maior dos prazeres, desde que venha da sua mão.

Não estou aqui a tentar evangelizar ninguém a favor do baby-led weaning. Mas a verdade é que os bebés não são todos iguais! Uns aceitam bem a colher dada pelos cuidadores, como as minhas filhas mais velhas, outros não, como o meu filho mais novo. E como ele há muitos mais por aí. Tive a sorte de estar informada e de ter conseguido encontrar o nosso caminho na introdução da alimentação complementar. 

Seja por uma abordagem tradicional, ou por outra qualquer, interessa que a família esteja informada e tome as melhores decisões para o seu bebé. Que este seja respeitado, que a família consiga perceber as suas necessidades e apetite e que respondam nesse sentido, evitando cometer erros que prejudiquem o bebé a médio e longo prazo.

O meu objectivo é apenas um: construir uma boa relação entre os meus filhos e a comida. É uma missão diária, e que todos os dias traz coisas novas para aprender e ensinar. Infelizmente não tem um método e uma forma de ser feito. Há muita tentativa erro e muita aprendizagem pela frente.