A semana que passou fui até à Holanda com o baby-boy, para umas pequenas férias com o pai. Para já ainda não há férias a dois, porque o bebé é amamentado em exclusivo. Teremos tempo para isso depois 🙂 Com as miúdas nunca viajei para tão longe com elas tão pequenas, porque não se proporcionou. Quando se falou em fazer estas férias, ainda fiquei com dúvidas, se sim, se não… mas concluí que seria das poucas oportunidades que a viagem seria facilitada por o bebé ainda mamar, não tendo que me preocupar com refeições para ele. Falei com várias amigas e pedi dicas e conselhos para viajar com um bebé. Também tirei as minhas próprias conclusões e é disso que vos venho falar hoje, para quem estiver a pensar viajar com um bebé pequeno, possa tirar algumas ideias. 

 

Aeroporto com um bebé

Em primeiro lugar, sendo bebé ou criança menor, se viajar para fora do país com um só progenitor (como foi o meu caso), precisa de uma declaração do outro. Se ligarem, mandar e-mails ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), vão vos dizer que não é necessário. Tive isso tudo. Mas como o seguro morreu de velho e ouvi várias histórias, resolvi obter uma declaração com a autorização do pai e com a assinatura dele reconhecia. Fizemos junto de uma advogada, mas também o podem fazer num notário. Pois assim que fiz o check-in ao sair do Porto, pediram-me logo a autorização. Porque dizem uma coisa no SEF e fazem outra nos aeroportos? Não faço ideia! Mas não corram o risco, não vale a pena. 

Como viajava com o bebé, pelo menos nos aeroportos portugueses, fiz-me valer da prioridade ao passar no controlo de pessoas e bagagens de mão, assim como na entrada no avião. USEM SEMPRE ESTA PRIORIDADE! Permite que façam as coisas com mais calma, sem pressas e stress. Evita que por estarem muito tempo na fila de espera, depois tenham que andar a correr a ir para a porta de embarque. Passei por essa experiência na Holanda no regresso. Não tive prioridade nem no check-in, nem no controlo de passageiros e bagagem de mão. Resultado, fomos a passo galopante para a porta de embarque, apesar de termos chegado extremamente cedo. 

No controlo de passageiros e bagagem de mão, caso levem o porta-bebés, este tem de passar no raio-x, como foi o meu caso. Portanto, o bebé vai ao vosso colo, se passarem num pórtico detector de metais mais convencional. Mas no caso de um daqueles dispositivos mais recentes de scan completo do corpo, o bebé não vai com a pessoa. A pessoa passa sozinha, enquanto um segundo adulto acompanhante ou um segurança responsável segura nele. Posteriormente o bebé é revistado. 

Na porta de embarque, as famílias com bebés têm sempre prioridade. Tive tanto cá como lá.

Avião com um bebé

Já vos dei algumas dicas para viagens de avião com crianças. Agora trago-vos mais algumas sugestões e orientações para quem pretende viajar com um bebé.

Para bebés que viagem ao colo (até aos 2 anos), usam um cinto especial, que fica ligado ao nosso e deve ficar sempre apertado, enquanto estamos sentados e o bebé calmo. 

Se o bebé mamar, sugiro que lhe dêem de mamar ao levantar voo e ao aterrar, caso o bebé sofra com a oscilação de pressão atmosférica. Ao levantar voo o baby-boy não se queixou, mas ao aterrar sentiu algum desconforto, que foi rapidamente resolvido. 

Durante os voos, entreter um bebé de 4 meses foi difícil. Ainda consegui que fizesse umas sestas, mas não foi suficiente. Muita conversa e brincadeiras, sobretudo com outros passageiros, pode ajudar. 

Fraldas no avião, não são problema! Podem trocar fraldas nas casas-de-banho dos aviões, que têm um painel rebatível para esse efeito. O espaço é à justa, mas passível de uma troca de fralda em condições, com lavatório livre para se for preciso usar água.

Senti sempre muita receptividade da tripulação dos voos para ajudar com o bebé, no que fosse preciso. Por isso, não se acanhem de a pedir, para uma viagem confortável para todos.

Transportar o bebé

Ainda antes de ter decidido se ia ou não, questionei-me como o iria transportar. Quase todas as minhas amigas me recomendaram a levar o carrinho, que podia deixar junto à porta de embarque e levantar assim que saísse do avião. Mas havia outras condicionantes. Primeiro, eu iria fazer um dos trajectos de avião e comboio sozinha com ele. Não me estava a imaginar de mala e carrinho de bebé por aí fora. Ponderei bem e concluí que se fosse, teria que ser com o auxílio do babywearing!

Levei três peças de babywearing: o meu sling de argolas, o pano (de que vos falarei num post brevemente) e a minha mochila ergonómica. Usei o sling de argolas mais em “casa” e em percursos curtos, como faço aqui em casa. O pano e a mochila ergonómica para passeios e caminhadas mais longas. 

No uso de comboios (que usámos e abusámos), revelou-se uma grande mais valia! Subíamos para todos os comboios sem problemas. 

Em suma, ao final de quase 1 semana de viagem sem carrinho, não senti falta dele em momento algum 🙂

Apesar de amar usar o pano, admito que nesta viagem a minha mochila ergonómica foi a rainha. Muito prática de usar, sem correr o risco de rastejar pelo chão, quando punha e tirava. Também tornava-se mais rápida de tirar e colocar, nos vários transportes que usámos (comboio, metro, autocarros…), sempre pronta a usar.

A nível de conforto, igualmente confortável ao pano. Passei horas com o bebé na mochila sem qualquer dor ou mau jeito! Só posso mesmo recomendar.

A minha mochila é uma Ergobaby Adapt da loja Rebento. Até 30 de Junho podem usufruir de um desconto na compra de qualquer porta-bebés Ergobaby da loja Rebento, com o código nacadeiradapapa.